sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Fugir do Padrão

Ele está aí, padronizando, normatizando, enquadrando-nos naquilo que a sociedade tornou padrão. Algo que nos é imposto e que nos é cômodo seguir. Seguir o padrão é algo tão importante, útil e prático que o Capitão Nascimento imortalizou a frase "padrão zero-meia, padrão...", no filme Tropa de Elite 1. Mas convenhamos, querido leitor: que graça tem a vida se não fugirmos do padrão?

Fugir do padrão, i.e., agir diferentemente daquilo que costumamos fazer sem pensar, é uma mania divertida que tenho. Divertida para mim; e isto basta. Por vezes pode ser mais trabalhoso, claro... Noutras  pode ser mais caro, ou simplesmente mais chato, mas fugir do padrão significa não ser preguiçoso como por natureza nós somos; não economizar, como todos procuram fazer; ser legalmente chato, justamente o contrário do que tentamos parecer.
Ana Paula Padrão.

O padrão é chato.
Por que aquecer a comida no microondas com 1 minuto, quando posso esperar por 56 segundos?
Por que o teu relógio do celular, ilustríssimo leitor, está no horário oficial de Brasília? O meu está no  horário não-padrão de Araguaína, no Tocantins.
Reluto para entrar na academia e usar aparelho ortodôntico. Estaria seguindo o padrão se fosse fortinho, com os dentes retos e clarinhos.
Nada mais comum que ficar irritado com telemarketing... Então! Experimenta perguntar todos os dados da pessoa que está do outro lado da linha!
E assim a vida segue...

Fujo do padrão, no fundo, para fugir da rotina, quebrar a monotonia. Para valorizar momentos! Para não passar desapercebido. Para que um simples ato do cotidiano ganhe significado na minha vida.


sábado, 17 de dezembro de 2011

O pequeno causo da dor

Na saudável brincadeira de lutinha com o meu cachorro, bati com a ponta do dedo, esticado, enrijecido, duro, no chão. Doeu muito. Sério. Mas como o querido leitor vai saber o quanto doeu? Este é o exercício.
Como descrever a dor?

Eu senti a mesma coisa que você sente quando bate com o mindinho na quina do sofá. Os olhos fecham-se imediatamente, para que não possam ver o osso que, pela dor, está exposto. A imaginação nos apresenta o que nossos olhos temem ver. A boca se fecha no intuito de segurar o grito. É como se gritássemos para dentro de nós. Rosnamos, como cachorros. Puxamos o próprio cabelo, causando uma dor no outro lado do corpo, numa tentativa de desviar o foco. Apesar de tudo isso, a dor vem agora. Até então era uma outra sensação; era o dedo se manifestando e movimentando toda a perna, numa tentativa desesperada de ser pressionado mas sem ser tocado. A dor não é tão ruim quanto este momento.

Isto que senti e assim que eu reagi. Não vou falar sobre os olhinhos cheios de lágrimas e o abraço na mãe sem conseguir explicar o ocorrido.

Abaixo, a forma com que brinco com meu cachorro.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Insônia, sua linda.

Por mais que me deixe caindo de sono no dia seguinte, eu curto uma insônia... Aquelas horas e horas em que rolo na cama, de um lado para o outro, procurando a posição, sensação térmica e altura do travesseiro ideais, nada mais são do que um momento que tenho comigo.

Profundo isso, não?

Costumo ter dois tipos de insônia, classificadas por mim como a Insônia Dasboa e a Insônia Matemática.

Durante a Insônia Dasboa os pensamentos fluem, tenho ideias geniais, lembro de situações de outros tempos, etc. A mente trabalha incessantemente, na contramão da meditação que visa esvaziar a mente de pensamentos. Alta produtividade, não fosse o sono que chega apagando toda a brilhante produção daquelas horas insones. Mas como nada é em vão, quando a Insônia é Dasboa faço um exercício com a minha criatividade, tão útil no meu dia-a-dia.

Porém, ah porém, frequentemente me deparo com a Insônia Matemática, que me faz passar horas sem pensar em alguma coisa útil, apenas calculando quanto tempo dormirei se o fizer agora. Complexo... Exemplo: "Já são 3h15min... se eu apagar agora, vou dormir por apenas quatro horas e quinze minutos". Assim se passa a madrugada inteira: calculando tempo estimado de sono. Como disse anteriormente, nada é em vão: estou craque na subtração.

Assim minhas noites se sucedem...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gaúchos, a Bergamota e a Tangerina

Depois de velho descobri que tangerina e bergamota são as mesmas frutas.
Bergamota, querida fruta consumida afú pela gauderiada, é a mesma coisa que tangerina, fruta que a gente nunca comeu, só tomou.

Olha a confusão na cabeça desta pobre criança: passei a vida tomando chimarrão na Redenção, nas tardes frias do inverno gaúcho, sob o sol, regado a bergamotas. À noite, um carreteiro de charque com a família regada a suco de caixinha de tangerina.

Se os gostos da fruta e do suco fossem parecidos, os gaúchos já teriam concluído que bergamota é um termo regional para tangerina. Mas não!

Reflitamos... nenhum suco 'de caixinha' tem gosto parecido com o da fruta in natura;
Suco de caixinha tem gosto de fruta 'de caixinha'. Sabor da artificialidade, dos conservantes, corantes, aromatizantes, antioxidantes, etc.

Concluo então que não foi ignorância minha; os gaúchos são enganados pelas empresas produtoras de sucos de caixinha quando tomam um suco de bergamota de caixinha pensando ser de tangerina.

Proponho que as embalagens contenham uma tradução para o gauchês ou que os sucos contenham gosto de bergamota.

sábado, 5 de novembro de 2011

A Sala dos Professores

Contato com os colegas sempre tive, mas ter este contato espacializado na Sala dos Professores potencializa características dos assuntos sempre presentes nas conversas entre os colegas.

Lembro da alegria que sentia quando tinha que pegar livros na sala dos professores, á mando de algum professor, ainda nos tempos de colégio. Entrava na sala e via os professores à vontade, comendo bolachas, tomando café e conversando confortavelmente nos sofás.
Todo o aluno gosta de ver professores relacionando-se amigavelmente; a Psicologia explica.

Depois de estar certo da carreira docente, passei a imaginar que a sala dos professores seria um espaço destinado à troca de experiências, basicamente. Uma espécie de congresso diário dos professores de determinada escola. Gente com muita afinidade (tipo Big Brother), muito em comum. Só alegria.

Hoje que frequento algumas salas de professores, vejo que os colegas inutilizam-no. Generalizando muito o que acontece neste ambiente e como se comportam aqueles que o frequentam, baseado numa amostra irrelevante de salas e em conversas de corredor, digo que a sala dos professores é um espaço de desmotivação e desesperança, em que os mais experientes encontram ouvidos loucos para ouvir, e os mais novos encontram bocas loucas para desabafar. Funciona na maior parte do tempo como um lugar seguro para se falar mal dos alunos; citando nomes e turmas.

Ainda assim, a sala dos professores não perdeu sua magia, para mim. Quem determina a dinâmica deste espaço são os agentes deste. Uma sala em que professores de várias áreas do conhecimento se encontram, tem tudo para ser algo potencializador de boas iniciativas e de boas amizades. O resto, guardemos para as reuniões e terapias!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Causo do Halloween

Aí estou lendo um belo texto no sofá, sob a luz do abajur, tranquilamente, quando a

campainha toca.

Gritei: "eeeeentra".
Ninguém entrou. Isto alterou meu humor.
Perguntei gritando: "quem éééé?"Ninguém me respondeu. A raiva se manifesta; lá no fundo, mas se manifesta.




Fui até a porta e olhei no olho mágico: ninguém estava. A raiva se espalha pelo meu corpo. Com um certo med... receio, comecei a suar frio, mas corajosamente abri a porta.




Eis que surgem três guris, encapuzados e de preto, que gritam: "Doces ou travessuraa!!!".


Olhei.


olhei.

E então eles reiteram: "Mas se não tiver doce tudo bem, a gente não faz nada."



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Causo da Briga com o Anão

Pois bem, relato neste causo um episódio triste da minha vida, envolvendo violência. Não sou disso, mas dadas as seguintes circunstâncias, o querido leitor deverá compreender o motivo pelo qual participei do ocorrido.

Uma briga; de um lado um anão, valente e guerreiro. Do outro, três homens, fortes, distribuíam socos e chutes violentamente. Que se saiba, primeiramente, que não conhecia os integrantes do tumulto. Nada tinha a ver com o ocorrido.

Eu entro na briga no momento em que chego ao local e testemunho as agressões. Me meti, pois não suporto covardia.

Sabia do risco que correria, entrando na briga, assim, sozinho e desarmado. Mas eu precisava intervir. Dei o melhor de mim; Não sou violento, sequer tenho técnica para agir num momento desses, mas fui movido por um instinto de justiça! Talvez o destino tenha me colocado lá para que eu pudesse fazer alguma coisa.

Cada soco, chute, joelhada, cotovelada, parecia acontecer em câmera lenta em meio a tanto sangue, mas o episódio durou uns 2 minutos no máximo. Nem sinal da polícia que provavelmente havia sido chamada pelas pessoas que assistiam horrorizadas à tudo aquilo.

A briga chega ao fim, sem que eu tivesse um arranhão! Fui embora com um sentimento de dever cumprido. Conseguimos. Quase matamos o anão!!!

-- Não, esse 'causo' não é verídico. --

Dedicado à minha querida amiga e leitora (uma das 3 pessoas +-), @Baby_Peixoto

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Causo do Jesus Professor

O texto, de autor desconhecido (grande autor, que escreve muitas coisas na internet), nos diverte e nos faz pensar na situação da Educação.

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores

capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:

"Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque dele

s é o reino dos céus.

- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

- Felizes os misericordiosos, porque eles..."


Pedro o interrompeu: - Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou: - É pra copiar?

Filipe lamentou-se: - Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber: - Vai cair na prova?

João levantou a mão: - Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou: - O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se: - Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou: - Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou: - Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou: - Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso: - Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se: - Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

--

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?

- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?

- Quais são os objetivos gerais e específicos?

- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:

- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?

- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?

- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.

- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.

- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse:

"Senhor, por que me abandonastes..."

E o salário, óh..


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mania (Parte 5) - Dormir com o Pulso Dobrado

O bom de escrever sobre essa mania é que não escuto as piadinhas, só leio... mas enfim.

Não sei o que me acontece, o fato é que consigo dormir com o pulso dobrado. Já tentei dormir com ele esticado; não rola. Ou melhor, só rolo, rolo pela cama e não durmo.

Curiosamente, quando estou com sono, meu pulso tende a dobrar-se. Em aula, por exemplo, vou me aconchegando na cadeira e dobrando o pulso, evidenciando o sono.

O lado ruim dessa mania é que quando passo muitas horas dormindo com o pulso dobrado acordo com ele doendo horrores.

Página de comentários aberta às brincadeiras, palhaços. Mas penso que mais gente têm essa mania; que eu conheça, o meu cachorro (foto ao lado) e o amigo Kinsey Pinto, ao qual dedico essa postagem.


Dedicado ao Professor Geógrafo Kinsey Pinto, um cara que dorme com o pulso dobrado.

sábado, 25 de junho de 2011

Redes Sociais e meu Aniversário

Orkut, Twitter e Facebook, as redes que me pescaram, estão mudando o quê sempre chamamos de Relação Social. Isso ficou bem evidenciado no dia do meu aniversário, ontem, através das centenas de recados que recebi de feliz aniversário.

A começar pela sinceridade dos recados; há mensagens carregadas de sinceridade e há aquelas que estão lá apenas para marcar presença na página de recados, ou no meu mural. Antes do advento das redes virtuais, todo o "feliz aniversário!" que tu recebias era sincero, pois era ouvido, e não lido. Alguém te ligava, ou te encontrava, lembrava e te desejava tudo de bom. Note que não quis dizer que o recado escrito não vale tanto quanto o falado. Nem que todo o falado é sincero, e muito menos que todo o escrito é sem valor.

Outra mudança na forma com que nos relacionamos hoje, é a distância relativa. As redes sociais nos aproximam, relativamente, de pessoas (que deixaram de ser pessoas para serem 'contatos') que nunca nos desejariam feliz aniversário. Sequer saberiam que nosso aniversário é no dia que é. Porém, acabam por afastar pessoas. Antes, os mais chegados, aqueles que sabem a data do teu aniversário, te desejariam pessoalmente, ou pelo menos via telefone, saúde, paz, sucesso... agora a comodidade os permite desejar essas coisas via internet, com a mesma sinceridade, mas sem aquela proximidade.

Enfim, vantagens e desvantagens dessas novas formas com que nos relacionamos. As redes sociais virtuais nos aproximando de quem perderíamos contato e nos afastando de quem deveria ser mais próximo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Causo do Skype

O Causo do Skype, acontecido nesta semana com meus English Students. Trata-se de uma experiência pedagógica que visa estabelecer um primeiro contato, ainda que a distância entre alunos do curso de Inglês com um Native Speaker, seja ele estadunidense, britânico, australiano... importante para se trabalhar a segurança na oralidade, entre outros objetivos.

Mas havia um detalhe nesta atividade. O suposto norte-americano, era um porto-alegrense, amigo meu, falando a alguns quilômetros de distância dos alunos. Sim, enganei meus queridos alunos. Por quê? Vejamos nos resultados obtidos.

O causo ocorreu com uma turma de Basic 1. Num lado da tela, 5 meninas ansiosas para estabelecer seu primeiro contato, em inglês, com um 'gringo'. Do outro, até onde elas pensavam, estava alguém nascido na Califórnia, o "Luke Stevenson". Era chegado o momento de usar aquilo que tínhamos aprendido até o momento. Olhos a brilhar, risadas produzidas pelo nervosismo.

Com muita dificuldade, aos poucos fomos criando coragem e formulando perguntas a fim de coletar algumas informações pessoais do Luke; nome completo, idade, data e local de nascimento, gosto musical, hobbies... e tudo mais que tínhamos aprendido até o momento. Passado este primeiro momento, era a vez de Luke perguntar para as alunas. A cada aluna que Luke escolhia para fazer a pergunta, algumas gotas de suor frio escorriam.

O ator Luke pergunta: "How old are you?" - uma pergunta simples, mas que acordava o gago que todos temos dentro de nós. "Th, thir... thirt.... thirteen, thirteen..." respondeu uma das alunas...

No final, eu e Luke começamos a falar português, para o choque das alunas. Achei que seria linxado, pela sacanagem que fiz. A reação de espanto logo foi trocada por risadas e mais risadas. Relaxaram e falaram com o recém nacionalizado Luke, agora, Lucas.

Atingi o objetivo de mostrar que o que aprendemos neste primeiro semestre de estudo é o suficiente para estabelecer uma boa comunicação. Passei a mensagem de que não devemos 'travar' diante de um estrangeiro. É só uma pessoa, como um brasileiro. Acho que a partir daí estarão mais tranquilas para o próximo encontro, mas com um Original Native Speaker.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Causo da Turbulência

Viajar sozinho permite-nos fazer muito mais observações. A mente funciona intensamente analisando aquilo que os olhos focam, entre pessoas e paisagens. Especialmente em viagens que necessitam um deslocamento aéreo, torna-se muito interessante observar o comportamento das pessoas tanto durante o voo quanto nas salas de embarque e desembarque.
Um exercício legal é olhar (sempre com discrição) a pessoa que deixa transparecer sua aerofobia, ou o seu medo normal de primeira viagem aérea.

Sua atenção é voltada integralmente às aeromoças que fazem aquela apresentação dos procedimentos de segurança. No ar, suas mãos suadas passam pela calça e secam provisoriamente... a paisagem lá fora é encantadora, mas vale a pena dar só mais uma lida no papel que ensina a abrir a saída de emergência... Vai que, neh...

Seus olhos olham para todos os cantos sem ver nada.
Chegando em Porto Alegre e o comandante informa que atravessaremos uma nuvem mais densa que poderá causar uma certa turbulenciazinha. O diminutivo conforta aqueles que estão com medo. Mesmo assim, o sinal de "Coloque o Cinto de Segurança" é acionado emitindo um som que desperta a vontade de rezar o bom e velho Pai Nosso, em voz baixa visto que estamos próximo de Deus.

Na proximidade desse tripulante nervoso encontra-se um padre dormindo tranquilamente, passando uma segurança divina para ele. Enquanto aquele grande avião chacoalha enlouquecidamente como se fosse um de papel, a luz falha, e o comandante volta a falar da cabine para pedir paciência pois é uma nuvem bem pesadinha. Esse outro diminutivo acaba com a confiança no piloto e age de forma inversa à sua real intenção. Os frios na barriga passam a ser cubos de gelo e o padre acorda com cara de quem está perdendo a confiança em Deus, com uma sobrancelha levantada.

Fim da turbulência. O avião aterrissa e o tripulante que observei vai embora, com sua fé fortalecida; feliz e disposto, a nunca mais voar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ENPEG Goiás

Meus queridos leitores (poucos, mas... ...poucos.),

comunico-lhes que devo me ausentar por quase 1 semana do blog devido à viagem que farei para Goiás, para apresentar um trabalho no ENPEG - Encontro Nacional de Práticas de Ensino de Geografia. O encontro acontece do dia 17 ao dia 21 de Abril.

Tenho certeza que será uma grande experiência, de muito aprendizado e, visto que ninguém é de ferro, Geoturismo. Além da capital Goiânia, vou conhecer Caldas Novas, cidade turística que ilustra este post.
Na véspera da indiada para Vitória escrevi que pretendia voltar com algum Causo a contar, e assim foi; escrevi o Causo do Jurley! O mesmo faço neste post. Espero voltar com algum Causo...

Me desejem boa viagem. =D
Mais informações sobre o encontro: site do ENPEG

sábado, 9 de abril de 2011

Foz do Iguaçú - PR

Outubro 2010 - "Uma fugidinha" de Francisco Beltrão - PR, no meio do Encontro Nacional de Geografia Agrária, me levou a Foz do Iguaçú, divisa com Paraguai e Argentina.

Não fossem o bastante as 12 horas viajando de ônibus até 'Chico' Beltrão, decidi com outros colegas da Geografia conhecer Foz do Iguaçú; mais 6 horas de ida. Uma passadinha em Ciudad del Este, visto que ninguém é de ferro, para comprar umas muambinhas... Lembro dos pen-drives que o pessoal comprou: 64Gb, por R$20,00 mais ou menos. Tudo bem, não funcionavam, mas estavam baratos!

Primeira coisa ao chegar na cidade? Conhecer as famosas Cataratas do Iguaçú (foto), com a beleza inenarrável da Garganta do Diabo! Lá passamos a manhã inteira, embora pudéssemos ficar a deslumbrar aquela obra-prima da natureza por dias... Escolhida, por mim, o lugar mais bonito do mundo (que já visitei) depois da Praça Central de Arroio do Sal.

Mas queríamos mais.
De tarde fomos à Usina Hidrelétrica de Itaipú, a Itaipú Binacional, gerida por Brasil e Paraguai, igualmente.
Em outro estilo, mas também deslumbrante. Uma obra faraônica. Foi um dia em que me senti muito, muito pequeno. Os lugares que visitamos eram todos grandes!
Sentindo-me pequeno, no dia seguinte fomos ao Paraguai para superar isso (para quê? Paraguai!); lá voltamos a ser grande em meio aos baixinhos comeciantes paraguajos oferecendo-nos produtos da melhor qualidade.
Quanto à garantia? "La garantia soy yo!"

Fantástico! Não morra sem dar essa volta... Tempo total viajando de ônibus = 36 longas horas.

Dedicado à querida leitora Ðaïzïnha =D

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Brasília 2009

Bah! Brasília foi demóóis.

Brasília é uma cidade que todos deveriam conhecer. Cheia de particularidades, uma cidade muito diferente de todas as outras que estive.

O lugar que mais em despertava interesse era o Congresso Nacional (foto). Um lugar lindo, arquitetonicamente falando, bem como tantos outros frutos do tio Oscar. Lá presenciei discussões no Senado e na Câmara, sem que pudesse tirar fotos. É bom lembrar que fui numa Quinta-feira, pois já diria a frase:
"se o horário é de Brasília, por que trabalhamos Segunda e Sexta?".

Nos 15 dias que estive por lá conheci todos os pontos turísticos (dos museus aos pontos mais famosos como a Catedral) e shoppings, pois minha irmã pensava ser diferente dos de Porto Alegre e do resto do mundo...

O quê mais se vê na capital federal, por mais bonito que seja, é concreto - isso é explicado pelas super-valorizações presentes quando a cidade era um grande canteiro de obras. Políticos adoram obras.
O quê menos se vê são Brasilienses. Todas as pessoas que conversei, funcionários, taxistas, vinham de outros estados. O fato de Brasília ter completado apenas 50 anos em 2010 explica. Também não se vê muita gente na rua, mesmo nas asas do avião (Brasília tem um traçado urbano em forma de avião).

Trouxe da capital, como curiosidade, o fato de ser extremamente quente e, por mais que caminhemos pelas longas praças secas, não suamos. Com a mesma temperatura em Porto Alegre, suaríamos horrores. Umidade baixíssima que pode causar sangramentos no nariz de quem não está acostumado.

Muitas boas lembranças de Brasília.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Maceió 2007

Primeira viagem a ganhar uma postagem aqui será a que fiz para Maceió, Alagoas, em 2007.


Ter conhecido Maceió e seu pré-carnaval foi demóóis, queridos leitores. A foto-montagem mostra o orgulho logo após o Grêmio ter acabado o Campeonato Brasileiro em lugar e se classificado para a Libertadores.

Mas enfim, não vou dizer que foi a cidade mais bonita que conheci porque isso depende de vários outros fatores, mas digo, com tranquilidade, que as praias de Maceió foram as mais bonitas que conheci até o momento, logo após Arroio do Sal.

(Sem duplo-sentido, pelamordedeus) Pulei no Pinto da Madrugada (foto), tradicional desfile que ocorre no pré-carnaval de Maceió. É o filho do Galo da Madrugada, de Recife.

Visto que eu ainda tinha 16 anos neste verão, vou ficar devendo uma análise da cidade, pois ainda era um turista, não um Geoturista. Só queria festa \o/. Falando nisso...
Em Maceió aprendi a dançar forró e frevo, com todo o swing dinamarquês que me é peculiar.

Viajando por aí...

Pois bem, queridos leitores (agora são quatro ou cinco):
Inicio hoje a série "Viajando por aí", sem duplo sentido, somente sentido literal.

Como estou sempre ocupando novos espaços, em reterritorializações temporárias, visto que nunca me desterritorializo, agora todo o lugar em que fizer um GeoTurismo ganhará um post aqui no blog. Nestas postagens vou procurar falar sobre o novo lugar que conheci, impressões, curiosidades, contrastes, coisas e causos que possam ter ocorrido na viagem.

A idéia surgiu devido aos vários lugares que venho conhecendo com a Geografia, não somente em saídas-de-campo, mas também em Encontros Nacionais/Regionais/Estaduais... As cidades que conheço by myself também deverão ganhar um textinho aqui...

I hope you enjoy it!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Entrevista com Artur Artilheiro

Estacionamento da Universidade Federal do Espírito Santo, onde estávamos acampados. Vitória, Espírito Santo.
Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia. Fevereiro de 2011.
Causo ocorrido às 5h da madrugada, aproximadamente.

O Lokomotive Kingston, time da UFRGS, havia enfrentado o time da casa, UFES, e os derrotado por 2x1; Dois gols de Artur, apelidado de Paulo Nunes na ocasião.

Devidamente situado, convido o querido leitor a assistir essa entrevista, promovida à causo. O entrevistado: eu. O entrevistador, ou melhor, a entrevistadora: Tulio Watanabe, como Marília Gabriela.

Clique na imagem e será direcionado ao Youtube para assistir ao vídeo.

Dedicado ao querido Tulio, que tanto divertiu o pessoal no Encontro.

terça-feira, 29 de março de 2011

Causo da Meia Divina

Instituto de Educação, 27/09/08, Gincana.

O evento ocorreu no pátio da escola, sob fortes ventos de Primavera. Grupos de alunos dançavam em um palco, realizando atividade proposta pela organização gincana.

Pois bem, o causo ocorreu quando um grupo de garotos ousados dançava ao som de Bros. O sexy vocalista dubla enquanto tira peças de roupa e as atira para o público.

Já havia tirado a jaqueta, a camiseta, o par de tênis e uma meia. Faltava a outra. É chegado o momento divino!

O jovem cantor tira a outra meia e arremessa para o público. Até aí normal, não fosse o 'vento' que encanou (espíritos, anjos?) e levou a peça até o lugar onde se encontrava a Equipe dos Ex-Alunos! Ronaldinho William a recebe carinhosamente, como se pode ver na foto.

Segundos em que a Terra interrompeu seu movimento rotacional e todos os espectadores observaram cada centímetro percorrido pela meia. Um silêncio absoluto. Não ouvi-se vozes; observou-se estranhas luzes vindas do céu e em seguida um sonoro "óóhhh" que ecoou pelo pátio.

Foram 15... 20 metros percorridos em eternos segundos, SEGUNDOS DIVINOS!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Romance Ilustrado - Artureka no IE

A possibilidade de voltar para a escola onde 'estudei' durante 15 anos me faz lembrar de tantos causos e coisas...

Meu relacionamento amoroso com uma das escolas mais tradicionais do estado, Instituto de Educação General Flores da Cunha, começa aos 2 aninhos de idade. No tempo em que o imponente prédio não continha pichações...

Desde piazito vesti a camiseta do IE, tanto no sentido figurado como no literal, como podes ver, querido leitor, na fotinho...
No sentido figurado por ter defendido bravamente por 5 anos a seleção de futsal (que hoje inexiste), administrado por 2 anos o CAIE - Centro Acadêmico do Instituto de Educação...

Fortemente influenciado pelo meio, iniciei outras paixões que se estendem aos dias de hoje como pelo Parque da Redenção, onde muito joguei futebol (enquanto matava aula) e hoje me detenho a tomar chimarrão com velhas amizades; velhas amizades, na maioria das vezes, do Instituto.

Talvez eu volte para a escola nesse semestre; provavelmente sem aquela alegria de um tempo em que aprontávamos todas, mas com um orgulho que pretendo passar para meus alunos de ter estudado no IE. Novos capítulos dessa história? O romance ainda não tem fim...

Saudade!

Dedicado ao @thiaguinhopires, outro IEzano nato!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Percebendo o Desenvolvimento

A partir de comentários acerca do post anterior, que falava do desenvolvimento do bairro e da influência sobre o microclima local, tenho notado diferentes formas de perceber essa alteração microclimática.
Mas um comentário me chamou mais a atenção.

Minha mãe, assim que leu o texto, disse que percebeu o aquecimento do bairro pelo número de ventiladores em casa; no começo havia 1, na sala. Era suficiente visto que as noites eram fresquinhas. A família dormia com uma coberta fina nos verões...
Passados 10 anos, além da sala, todos os quartos têm ventiladores de teto e pesquisamos os preços dos Split's; dormimos só com um lençol.

Não deixa de ser uma forma de perceber uma alteração climatológica, certo? E tu, caro leitor, como percebes o aquecimento global, por exemplo?

Veja como o personagem da charge percebeu a alteração no clima.

sábado, 12 de março de 2011

(Re)pensando o Desenvolvimento

Ao completar 11 anos morando no bairro, eu, minha família e vários vizinhos temos notado que a sensação térmica está maior que aquela que sentíamos no começo nos anos 2000.
Era notável que nosso bairro era mais frio que o resto da cidade, que o centro de Porto Alegre, principalmente.

A faculdade me deu uma bagagem teórica para pensar nesse fenômeno, tendência mundial; Por que nossa temperatura está se equiparando à temperatura fora do bairro? Estamos perdendo nosso microclima? Analisemos.


Ruas foram asfaltadas - o asfalto esquenta muito mais que a chamada "rua de chão batido" e ainda impermeabiliza o solo, aumentando o escoamento superficial e dificultando a absorção da água da chuva.
11 novas torres foram construídas - prédios que atrapalham a circulação atmosférica. O vento era uma característica do bairro, que acabava com as chapinhas das gurias.
Quilômetros quadrados de vegetação foram removidos e substituídos por concreto - Preciso dizer que o concreto esquenta muito mais que árvores?
Muito mais carros passaram a circular emitindo gases estufa.

E o silêncio de antes? Já era. Se escuta motos, ônibus e caminhões rumo à origem dos martelaços, furadeiras e outros sons oriundos dos canteiros de obra. Não se sente mais o cheirinho de mato e o ar fresco. Muitos animais foram mortos quando desmataram todas essas áreas; lagartos, cobras, etc.

O bairro se desenvolveu? Progrediu? Repensemos os conceitos de desenvolvimento, progresso... Pensemos se ocupamos o espaço de forma correta.

Obs.: Enquanto escrevo, milhares de japoneses que ocuparam o espaço de forma a diminuir as consequências dos terremotos, morrem.

Dedicado ao vizinho e parceiro @digo_galvani

quinta-feira, 10 de março de 2011

Jurley, Jurley... pulou e não sabia nadar...

O causo seguinte se passa no Espírito Santo, 70 quilômetros distante da capital Vitória, na Cachoeira Véu de Noiva.


O protagonista do causo é Jurley, jovem amigo suicida da Geografia; um garoto alegre, de muitos amigos mas com dois problemas: não sabe calcular a profundidade da água á distância e nem nadar.



Embora a placa alertasse,
sua coragem admirável fez com que pulasse de uma altura de 5 metros, aproximadamente. Um salto para a morte.


Mano Jurla cai na água perfeitamente!
Após uns segundos é possível vê-lo logo abaixo da superfície, debatendo-se como uma cobra mal matada. Todos pensam se tratar de uma brincadeira.

Momentos de tensão. A brincadeira estava demorando. Aos gritos, todos pedem para alguém pule na água para resgatá-lo. Eis que surge Túlio, o herói do causo, bravo garoto, esbanjando virilidade, e salva nosso amigo.

Túlio veio do céu, muito provavelmente. Trazido por Jesus, que abençoava o local e se divertia caminhando sobre as águas, como o caro leitor pode conferir na foto abaixo.


O Causo ainda gerou uma música, inspirada na Anunciação, de Alceu Valença.
"Jurleeeeey Jurleeeeeey... pulou e não sabia nadar... glubi glubi glubi glubi glubi glubiiiii
pulou e não sabia nadaaaar..."


Dedicado ao Renan Darski, querido leitor que me cobrou um causo do ENEG postado aqui.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ENEG Vitória - ES

Meus queridos,

estou partindo para o Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia - ENEG, que ocorre entre os dias 6 e 12 de Fevereiro. O motivo de estar saindo dois dias antes e voltar dois dias depois é o transporte; o ônibus, com somente amigos da Geografia, vai demorar 2 dias para chegar em Vitória.

Aproveitarei para fazer um GeoTurismo... Devo voltar cheio dos Causos para contar aqui no blog;

Informações no blog do ENEG

Até breve!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cara de Professor...

Queridos leitores (descobri outro dia que passam de 3!),

tenho encontrado amigos que não via há, pelo menos, meses, e um certo padrão de diálogo tem acontecido, mais ou menos assim:

(...)
Amigo: E aí, o que tem feito?
Eu: Trabalhando, estudando...
Amigo: É? Trabalhando com o quê?
Eu: Estou dando aula... sou professor! (Orgulhoso)
Amigo: Bahhhhh, tu tem cara mesmo de professor...

Aí eu te pergunto: Qual a cara do Professor? E se tenho, isso é bom ou ruim?

A imagem que eu tinha de professor, na verdade é de professora. Velha. Uma senhora, chata, de óculos grandes, vestido longo... Aí penso que, assim como eu, aquele que vê assim a imagem de professor não tem lembrança, tem trauma.

Dedicado ao também traumatizado, meu bruxo @Adysoninho

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Felicidade x Alegria, Clima x Tempo

Inspirado nesse twit da @vanifacts, resolvi esclarecer que há uma diferença entre Felicidade e Alegria e relacionar com a Climatologia.

Fique claro que feliz nós somos e alegre nós estamos. A Felicidade é mais duradoura, não momentânea com a Alegria. Evidente que estar alegre todos os dias significará ser feliz.

Assim, a frase "felicidade de verdade só se encontra na comida ou bebida" está mal colocada. Eu diria que a alegria de verdade se encontra na comida ou bebida. Portanto, podemos estar tristes, porém alegres enquanto afogamos as mágoas.

O mesmo acontece em Clima e Tempo. Analisando as condições atmosféricas de determinada região dia-a-dia, nota-se que o tempo muda constantemente. Mas há um padrão climático, definido ao longo de no mínimo 30 anos.

Observar que Clima está para Felicidade bem como Tempo está para Alegria pode ajudar-nos a não confundir conceitos...

Dedicado ao querido @dfo92 !

sábado, 29 de janeiro de 2011

Leci Brandão - Anjos da Guarda


Umá música que homenageia a profissão professor! Ao clicar na imagem você será direcionado ao vídeo da música.

Brilhantemente, a música chama-se "Anjos da Guarda", sinônimo de "Professores".

" Na sala de aula
É que se forma um cidadão
Na sala de aula
Que se muda uma nação
(...)
Batam palmas pra ele... "


Dedicado ao colega, parceiro, professor @geoadeva Fabrício Caetano.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mania (parte 4) - Atravessar a rua devagarinho

Essa, bem como a cleptomania, é uma mania que não tenho.

Caro leitor, ou você já viu essa cena, ou você já atuou nela.

Cena: O transeunte, muito do fdp, metido a malandro, atravessa a rua fora da faixa de segurança, em sentido diagonal e vagarosamente. As vezes quase atropela o carro quando inicia a travessia.

Pra quê? Seu corno!
Malandro é o pato, que tem os dedos grudados pra não colocar aliança;
é o cavalo-marinho, que se finge de peixe pra não puxar carroça;
até mesmo o gato, pois já nasce de bigode.
Não é tu, querido pedestre, que ao ver o carro se aproximando diminui a velocidade da passada.


Pronto, desabafei.

Dedicado à (talvez a única leitora) @duanabp

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sir Ken Robinson


Sir Ken Robinson é um importante nome da educação contemporânea mundial. Vale a pena ler seus textos, assistir aos seus vídeos...

"If you're not prepared to be wrong, you'll never come up with anything original"

"Creativity now is as important in education as literacy, and we should trear it with the same status!"

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Alagamento x Inundação

Em época de chuvas torrenciais e tempos de Aquecimento Global, se faz importante a diferenciação de dois conceitos, que estudei em Geomorfologia: Alagamento e Inundação. Basta assistir a um telejornal, grande ou pequeno, para ver o erro comum de tornar tais palavras sinônimos.

Que fique claro, Evaristo Costa, Fátima Bernardes, William Bonner, William Waack, entre outros, que a INUNDAÇÃO ocorrerá quando subir o nível de algum curso ou corpo d'água, como um rio. Ele irá transbordar, ocupar seu leito maior... um processo natural, independente da ação antrópica. Pode destruir casas e matar pessoas, mas a natureza não tem culpa da má ocupação do espaço pelo homem.

O ALAGAMENTO, amigos jornalistas, dependerá do escoamento da água pluvial, proveniente da chuva. É comum que, devido ao asfalto que impermeabiliza o solo, o lixo e outros fatores, essa água tenha dificuldade de ser drenada e fique represada, causando todos aqueles transtornos que bem conhecemos.

Espero que tenha ajudado.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mania (parte 3) Abrir a Geladeira

Desta mania eu me envergonho... Abrir a geladeira, sem porquê, simplesmente para pensar, é a minha pior mania. Minha não, da maioria dos brasileiros.

Tudo começou em casa, com a família... uma abridinha aqui, outra ali... quando vi já estava abrindo a geladeira sem necessidade. Passei a deixar de fazer coisas pertinentes ao trabalho e aos estudos, só para abrir este eletrodoméstico.
Trata-se de um momento único; quando abro aquela porta os pensamentos fluem, esqueço do que há em volta, lembro de coisas que não lembraria se não fosse tal ação. Devo admitir que dá prazer fazer isto.

Mas hoje já são dois dias que não abro aquela porta sem que haja necessidade. Me sinto bem; estou contribuindo para um mundo melhor, ecologicamente correto.

Abrir a geladeira faz com que o ar que está dentro desta se misture com o externo e assim aumente a temperatura em seu espaço interior. Assim sendo, a geladeira deverá consumir uma energia maior a fim de manter a temperatura ideal; além do mais, mantê-la fechada diminui a chance de contaminação dos alimentos (e do seu organismo, consequentemente).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

24/06/1990 - Meu primeiro Causo...

Poisé.
Meu primeiro causo acontece exatamente no dia em que nasci: 24 de Junho de 1990. Estava lá, em um lugar tranquilo e silencioso como era o útero de minha mãe, quando me vi num mundo estranho, de pessoas grandes. Chorei. Também, quem não choraria com uma mão daquele tamanho te batendo?

Olhei em volta... nos cantos... janela... olhei. Ninguém. Bolas de feno passavam pela rua e podia-se ouvir o vento soprar.

Tinha algo errado? Não. O Brasil iria disputar as oitavas-de-final contra, justamente, a Argentina. As pessoas estavam em casa, aguardando o começo da partida.
E o nenê que acabara de nascer? Ah, deixa pra lá.
Só de raiva lancei uma maldição.

O Brasil castigou as traves da Argentina mas não fez. Valeu a velha máxima do futebol: Quem não faz leva. Maradona passa para Cannigia e ele marca para os argentinos; aos 80 minutos.
Taffarel, Dunga, Branco, Careca, Bebeto, Romário, Renato Gaúcho; Galvão Bueno, Arnaldo, Pelé, voltam para casa tristes.

E eu? Eu digo minhas primeiras palavras: Bem feito!

Nojo.

Ao ver esta manchete, veiculada no site do Terra, você poderia dizer:

a) Olha que bonitinho... a carinha do cavalo *.*

b) Zoófilo fdp.

Mas 99% das pessoas dizem:

c) Nojo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ouça, Assista e Reflita.

Queridos leitores,

disponibilizo aqui um
link para uma música bem interessante do Gabriel, O Pensador.

A música, chamada Estudo Errado, retrata alguns pensamentos do aluno brasileiro da educação básica e como se dá sua relação com a instituição escola e seus próprios pais.


Link para a música clique aqui
Link para a letra clique aqui