sábado, 25 de junho de 2011

Redes Sociais e meu Aniversário

Orkut, Twitter e Facebook, as redes que me pescaram, estão mudando o quê sempre chamamos de Relação Social. Isso ficou bem evidenciado no dia do meu aniversário, ontem, através das centenas de recados que recebi de feliz aniversário.

A começar pela sinceridade dos recados; há mensagens carregadas de sinceridade e há aquelas que estão lá apenas para marcar presença na página de recados, ou no meu mural. Antes do advento das redes virtuais, todo o "feliz aniversário!" que tu recebias era sincero, pois era ouvido, e não lido. Alguém te ligava, ou te encontrava, lembrava e te desejava tudo de bom. Note que não quis dizer que o recado escrito não vale tanto quanto o falado. Nem que todo o falado é sincero, e muito menos que todo o escrito é sem valor.

Outra mudança na forma com que nos relacionamos hoje, é a distância relativa. As redes sociais nos aproximam, relativamente, de pessoas (que deixaram de ser pessoas para serem 'contatos') que nunca nos desejariam feliz aniversário. Sequer saberiam que nosso aniversário é no dia que é. Porém, acabam por afastar pessoas. Antes, os mais chegados, aqueles que sabem a data do teu aniversário, te desejariam pessoalmente, ou pelo menos via telefone, saúde, paz, sucesso... agora a comodidade os permite desejar essas coisas via internet, com a mesma sinceridade, mas sem aquela proximidade.

Enfim, vantagens e desvantagens dessas novas formas com que nos relacionamos. As redes sociais virtuais nos aproximando de quem perderíamos contato e nos afastando de quem deveria ser mais próximo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Causo do Skype

O Causo do Skype, acontecido nesta semana com meus English Students. Trata-se de uma experiência pedagógica que visa estabelecer um primeiro contato, ainda que a distância entre alunos do curso de Inglês com um Native Speaker, seja ele estadunidense, britânico, australiano... importante para se trabalhar a segurança na oralidade, entre outros objetivos.

Mas havia um detalhe nesta atividade. O suposto norte-americano, era um porto-alegrense, amigo meu, falando a alguns quilômetros de distância dos alunos. Sim, enganei meus queridos alunos. Por quê? Vejamos nos resultados obtidos.

O causo ocorreu com uma turma de Basic 1. Num lado da tela, 5 meninas ansiosas para estabelecer seu primeiro contato, em inglês, com um 'gringo'. Do outro, até onde elas pensavam, estava alguém nascido na Califórnia, o "Luke Stevenson". Era chegado o momento de usar aquilo que tínhamos aprendido até o momento. Olhos a brilhar, risadas produzidas pelo nervosismo.

Com muita dificuldade, aos poucos fomos criando coragem e formulando perguntas a fim de coletar algumas informações pessoais do Luke; nome completo, idade, data e local de nascimento, gosto musical, hobbies... e tudo mais que tínhamos aprendido até o momento. Passado este primeiro momento, era a vez de Luke perguntar para as alunas. A cada aluna que Luke escolhia para fazer a pergunta, algumas gotas de suor frio escorriam.

O ator Luke pergunta: "How old are you?" - uma pergunta simples, mas que acordava o gago que todos temos dentro de nós. "Th, thir... thirt.... thirteen, thirteen..." respondeu uma das alunas...

No final, eu e Luke começamos a falar português, para o choque das alunas. Achei que seria linxado, pela sacanagem que fiz. A reação de espanto logo foi trocada por risadas e mais risadas. Relaxaram e falaram com o recém nacionalizado Luke, agora, Lucas.

Atingi o objetivo de mostrar que o que aprendemos neste primeiro semestre de estudo é o suficiente para estabelecer uma boa comunicação. Passei a mensagem de que não devemos 'travar' diante de um estrangeiro. É só uma pessoa, como um brasileiro. Acho que a partir daí estarão mais tranquilas para o próximo encontro, mas com um Original Native Speaker.