sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Fugir do Padrão

Ele está aí, padronizando, normatizando, enquadrando-nos naquilo que a sociedade tornou padrão. Algo que nos é imposto e que nos é cômodo seguir. Seguir o padrão é algo tão importante, útil e prático que o Capitão Nascimento imortalizou a frase "padrão zero-meia, padrão...", no filme Tropa de Elite 1. Mas convenhamos, querido leitor: que graça tem a vida se não fugirmos do padrão?

Fugir do padrão, i.e., agir diferentemente daquilo que costumamos fazer sem pensar, é uma mania divertida que tenho. Divertida para mim; e isto basta. Por vezes pode ser mais trabalhoso, claro... Noutras  pode ser mais caro, ou simplesmente mais chato, mas fugir do padrão significa não ser preguiçoso como por natureza nós somos; não economizar, como todos procuram fazer; ser legalmente chato, justamente o contrário do que tentamos parecer.
Ana Paula Padrão.

O padrão é chato.
Por que aquecer a comida no microondas com 1 minuto, quando posso esperar por 56 segundos?
Por que o teu relógio do celular, ilustríssimo leitor, está no horário oficial de Brasília? O meu está no  horário não-padrão de Araguaína, no Tocantins.
Reluto para entrar na academia e usar aparelho ortodôntico. Estaria seguindo o padrão se fosse fortinho, com os dentes retos e clarinhos.
Nada mais comum que ficar irritado com telemarketing... Então! Experimenta perguntar todos os dados da pessoa que está do outro lado da linha!
E assim a vida segue...

Fujo do padrão, no fundo, para fugir da rotina, quebrar a monotonia. Para valorizar momentos! Para não passar desapercebido. Para que um simples ato do cotidiano ganhe significado na minha vida.