quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O que eu faço de diferente? ¯\_(ツ)_/¯

Uma das coisas que mais gosto na profissão Professor é compreender essa complexa instituição chamada Escola...

Nesse sexto ano do lado de cá do processo de ensino-aprendizagem, compreendo como nunca os fatores que me colocavam em conflito com a educação escolar convencional (prefiro não usar o termo "tradicional" para isso), dos tempos em que estava do lado de lá.

Um dos fatores é a simples, mas difícil de presenciar, humanização das relações... A relação professor-aluno que percebo é parecida com a relação estereotipada do genro com a sogra. Demonstram um aparente interesse no bem-estar um do outro, até perguntam se o outro está bem, mas nem escutam a resposta. Não concretizam um "diálogo", de fato. 

Tenho percebido ultimamente... 
... que por trás de toda a iniciativa de sucesso nas escolas, que resultam em curiosidade, busca e aprendizagem, está o afeto, o cuidado nas relações, a humanização no lugar da "criaturização". 
...que antes de qualquer metodologia de ensino inovadora, proposta pedagógica revolucionária, utilização de novas linguagens no ensino de sei-lá-o-quê, está o diálogo, a escuta...
... que antes do resultado, tem um processo. Vejo muita preocupação com o resultado e pouca com o processo.
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"O que eu faço de diferente? Não sei... nas últimas 5 aulas, fiz 4 avaliações dissertativas."
¯\_(ツ)_/¯ 
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domingo, 21 de setembro de 2014

Lado de lá da minha cama: uma rugosidade.


Resolvi resgatar da minha temporária Timeline do Facebook esse textinho, antes que sumisse... 
Publiquei às 6h do dia 06/07/14 e gostei. 
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Quando o pessoal começa a dar "bom dia" no Facebook eu percebo que é hora de ir dormir. Mas antes, uma besteira:

Milton Santos, semi-Deus da Geografia 
Percebi agora que o lado de lá da minha super cama de casal é um bom exemplo de "Rugosidade". A minha cama é super porque ela é king ou queen-size, sei lá. De uns tempos para cá, durmo todos os dias acompanhado de uns livros, pandeiros, roupas... tem até um Xis Coração ali no cantinho.

Uma nova função para essa forma. Função de estante. Fria uma barbaridade.

A ocupação desse espaço, que mantinha aquela forma quentinha, já não faz mais parte dessa paisagem, porém vocês sabem como é esse processo de supressão, acumulação, superposição...

Os colegas geógrafos já podem parar de ler aqui e estão liberados para se arrependerem de ter lido.

Aos não-geógrafos, segue uma explicação:
"Rugosidade", de acordo com o semi-Deus Milton Santos, é, basicamente, uma forma no espaço que perde sua função original e adquire uma nova no contexto de um novo tempo... Uma forma que era usada para uma coisa e hoje é usada de outra forma.
Bem como aconteceu com o lado de lá da minha cama.
Bom dia pra vocês, boa noite pra mim!