quarta-feira, 30 de maio de 2012

Influências geográficas do meio...

Enquanto isso, no Dia do Geógrafo - 29 de Maio...
Recebi, dentre algumas felicitações, uma que me chamou mais a atenção. Um tweet da @CervejaAcoriana que me fez pensar nas influências que sofremos e que nos levam a cursar Geografia. Me despertou uma vontade louca de compartilhar aqui com os queridos leitores. A @CervejaAcoriana me disse que Geografia era sua opção na infância, pois adorava olhar para um globo. Já pensou escolher o teu futuro por um objeto exposto ali, em cima do bidê ou pregado na parede?


A primeira influência: quem nos apresenta o mundo, em toda sua complexidade de suas relações. O professor de Geografia. Ele é o culpado pela maioria das escolhas pelo curso no momento da inscrição no vestibular. O bom professor, em qualquer área do conhecimento, será exemplo para seu aluno, que tenderá a seguir seus passos "E é quase impossível dizer quão mais voluntariamente imitamos aqueles a quem amamos", como disse Quintiliano. Os maus professores também podem nos estimular a seguir esta carreira - meu caso.

Porém, ah porém, existe também a influência que sofremos através das representações. Mapas, globos, Google Earth, previsão do tempo no Jornal Nacional, entre outros instrumentos representativos do nosso querido espaço geográfico. Isto é imensurável e normalmente intrínseco, subliminar... não sentimos e nem notamos esta influência, mas ela está aí. Ela vem escondida, em segundo plano, na aula, na televisão, internet...

Eu, por exemplo, tenho certeza que fui influenciado pelo Capitão Planeta! 
Imagina tu, caro leitor, criança, assistindo todos os dias a este desenho que era pura Geografia? O quão importante ele foi na formação do meu intelecto, inserindo doses diárias de Geografia pelos meus ouvidos e olhos?

Que influências tu sofreste para escolher este rumo que seguiste, querido leitor? Já parou pra pensar?

Dedicado à geógrafa mineira Jana Gomes, que curte o blog e ainda mostra para as amigas... hehe!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O "professor-pedreiro"...

Vejo meu caminho na docência como um muro que eu vou construindo...

Um muro sem o objetivo de separar; um muro que visa servir de apoio àqueles que têm dificuldade para ver o horizonte. Um auxílio para que, sozinhos, consigam escalá-lo, possam olhar mais longe e assim decidir os próximos passos. Quem sabe até erguendo outros muros mais adiante...

É como se eu acrescentasse tijolos neste muro a cada aula que eu desse. Sinto que há aulas que poucos tijolos são acimentados. Em compensação, noutras o muro ganha uma base sólida, que o manterá em pé, com tijolos de respeito, carinho, alegria, paciência... Sem frustração: tem aula que eu não consigo acrescentar sequer 1 tijolo. Surge aí uma oportunidade para refletir sobre a forma com que tentei colocá-lo lá e para valorizar a altura que ele já adquiriu até o momento.

Mas o que me leva a escrever isto, é a preocupação com este muro. Quantos outros professores-pedreiros estão nesta obra comigo?

Hoje saí da aula e me deparei com uma colega destruindo o muro a voadoras. Justamente num dia em que senti ter acrescido uma certa altura. Difícil saber o quanto perco com estes destruidores, pois não olho para o chão para ver o quanto tem de tijolo caído, e sim para cima, para onde almejo chegar com esta obra.

A esperança é que, com o passar do tempo, eu vá deixando o muro mais alto e forte, de modo que quando alguém derrubar parte dele, o restante será cada vez maior, até ele atingir uma altura em que se estabilize e torne-se inabalável.