terça-feira, 26 de abril de 2011

O Causo da Turbulência

Viajar sozinho permite-nos fazer muito mais observações. A mente funciona intensamente analisando aquilo que os olhos focam, entre pessoas e paisagens. Especialmente em viagens que necessitam um deslocamento aéreo, torna-se muito interessante observar o comportamento das pessoas tanto durante o voo quanto nas salas de embarque e desembarque.
Um exercício legal é olhar (sempre com discrição) a pessoa que deixa transparecer sua aerofobia, ou o seu medo normal de primeira viagem aérea.

Sua atenção é voltada integralmente às aeromoças que fazem aquela apresentação dos procedimentos de segurança. No ar, suas mãos suadas passam pela calça e secam provisoriamente... a paisagem lá fora é encantadora, mas vale a pena dar só mais uma lida no papel que ensina a abrir a saída de emergência... Vai que, neh...

Seus olhos olham para todos os cantos sem ver nada.
Chegando em Porto Alegre e o comandante informa que atravessaremos uma nuvem mais densa que poderá causar uma certa turbulenciazinha. O diminutivo conforta aqueles que estão com medo. Mesmo assim, o sinal de "Coloque o Cinto de Segurança" é acionado emitindo um som que desperta a vontade de rezar o bom e velho Pai Nosso, em voz baixa visto que estamos próximo de Deus.

Na proximidade desse tripulante nervoso encontra-se um padre dormindo tranquilamente, passando uma segurança divina para ele. Enquanto aquele grande avião chacoalha enlouquecidamente como se fosse um de papel, a luz falha, e o comandante volta a falar da cabine para pedir paciência pois é uma nuvem bem pesadinha. Esse outro diminutivo acaba com a confiança no piloto e age de forma inversa à sua real intenção. Os frios na barriga passam a ser cubos de gelo e o padre acorda com cara de quem está perdendo a confiança em Deus, com uma sobrancelha levantada.

Fim da turbulência. O avião aterrissa e o tripulante que observei vai embora, com sua fé fortalecida; feliz e disposto, a nunca mais voar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ENPEG Goiás

Meus queridos leitores (poucos, mas... ...poucos.),

comunico-lhes que devo me ausentar por quase 1 semana do blog devido à viagem que farei para Goiás, para apresentar um trabalho no ENPEG - Encontro Nacional de Práticas de Ensino de Geografia. O encontro acontece do dia 17 ao dia 21 de Abril.

Tenho certeza que será uma grande experiência, de muito aprendizado e, visto que ninguém é de ferro, Geoturismo. Além da capital Goiânia, vou conhecer Caldas Novas, cidade turística que ilustra este post.
Na véspera da indiada para Vitória escrevi que pretendia voltar com algum Causo a contar, e assim foi; escrevi o Causo do Jurley! O mesmo faço neste post. Espero voltar com algum Causo...

Me desejem boa viagem. =D
Mais informações sobre o encontro: site do ENPEG

sábado, 9 de abril de 2011

Foz do Iguaçú - PR

Outubro 2010 - "Uma fugidinha" de Francisco Beltrão - PR, no meio do Encontro Nacional de Geografia Agrária, me levou a Foz do Iguaçú, divisa com Paraguai e Argentina.

Não fossem o bastante as 12 horas viajando de ônibus até 'Chico' Beltrão, decidi com outros colegas da Geografia conhecer Foz do Iguaçú; mais 6 horas de ida. Uma passadinha em Ciudad del Este, visto que ninguém é de ferro, para comprar umas muambinhas... Lembro dos pen-drives que o pessoal comprou: 64Gb, por R$20,00 mais ou menos. Tudo bem, não funcionavam, mas estavam baratos!

Primeira coisa ao chegar na cidade? Conhecer as famosas Cataratas do Iguaçú (foto), com a beleza inenarrável da Garganta do Diabo! Lá passamos a manhã inteira, embora pudéssemos ficar a deslumbrar aquela obra-prima da natureza por dias... Escolhida, por mim, o lugar mais bonito do mundo (que já visitei) depois da Praça Central de Arroio do Sal.

Mas queríamos mais.
De tarde fomos à Usina Hidrelétrica de Itaipú, a Itaipú Binacional, gerida por Brasil e Paraguai, igualmente.
Em outro estilo, mas também deslumbrante. Uma obra faraônica. Foi um dia em que me senti muito, muito pequeno. Os lugares que visitamos eram todos grandes!
Sentindo-me pequeno, no dia seguinte fomos ao Paraguai para superar isso (para quê? Paraguai!); lá voltamos a ser grande em meio aos baixinhos comeciantes paraguajos oferecendo-nos produtos da melhor qualidade.
Quanto à garantia? "La garantia soy yo!"

Fantástico! Não morra sem dar essa volta... Tempo total viajando de ônibus = 36 longas horas.

Dedicado à querida leitora Ðaïzïnha =D

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Brasília 2009

Bah! Brasília foi demóóis.

Brasília é uma cidade que todos deveriam conhecer. Cheia de particularidades, uma cidade muito diferente de todas as outras que estive.

O lugar que mais em despertava interesse era o Congresso Nacional (foto). Um lugar lindo, arquitetonicamente falando, bem como tantos outros frutos do tio Oscar. Lá presenciei discussões no Senado e na Câmara, sem que pudesse tirar fotos. É bom lembrar que fui numa Quinta-feira, pois já diria a frase:
"se o horário é de Brasília, por que trabalhamos Segunda e Sexta?".

Nos 15 dias que estive por lá conheci todos os pontos turísticos (dos museus aos pontos mais famosos como a Catedral) e shoppings, pois minha irmã pensava ser diferente dos de Porto Alegre e do resto do mundo...

O quê mais se vê na capital federal, por mais bonito que seja, é concreto - isso é explicado pelas super-valorizações presentes quando a cidade era um grande canteiro de obras. Políticos adoram obras.
O quê menos se vê são Brasilienses. Todas as pessoas que conversei, funcionários, taxistas, vinham de outros estados. O fato de Brasília ter completado apenas 50 anos em 2010 explica. Também não se vê muita gente na rua, mesmo nas asas do avião (Brasília tem um traçado urbano em forma de avião).

Trouxe da capital, como curiosidade, o fato de ser extremamente quente e, por mais que caminhemos pelas longas praças secas, não suamos. Com a mesma temperatura em Porto Alegre, suaríamos horrores. Umidade baixíssima que pode causar sangramentos no nariz de quem não está acostumado.

Muitas boas lembranças de Brasília.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Maceió 2007

Primeira viagem a ganhar uma postagem aqui será a que fiz para Maceió, Alagoas, em 2007.


Ter conhecido Maceió e seu pré-carnaval foi demóóis, queridos leitores. A foto-montagem mostra o orgulho logo após o Grêmio ter acabado o Campeonato Brasileiro em lugar e se classificado para a Libertadores.

Mas enfim, não vou dizer que foi a cidade mais bonita que conheci porque isso depende de vários outros fatores, mas digo, com tranquilidade, que as praias de Maceió foram as mais bonitas que conheci até o momento, logo após Arroio do Sal.

(Sem duplo-sentido, pelamordedeus) Pulei no Pinto da Madrugada (foto), tradicional desfile que ocorre no pré-carnaval de Maceió. É o filho do Galo da Madrugada, de Recife.

Visto que eu ainda tinha 16 anos neste verão, vou ficar devendo uma análise da cidade, pois ainda era um turista, não um Geoturista. Só queria festa \o/. Falando nisso...
Em Maceió aprendi a dançar forró e frevo, com todo o swing dinamarquês que me é peculiar.

Viajando por aí...

Pois bem, queridos leitores (agora são quatro ou cinco):
Inicio hoje a série "Viajando por aí", sem duplo sentido, somente sentido literal.

Como estou sempre ocupando novos espaços, em reterritorializações temporárias, visto que nunca me desterritorializo, agora todo o lugar em que fizer um GeoTurismo ganhará um post aqui no blog. Nestas postagens vou procurar falar sobre o novo lugar que conheci, impressões, curiosidades, contrastes, coisas e causos que possam ter ocorrido na viagem.

A idéia surgiu devido aos vários lugares que venho conhecendo com a Geografia, não somente em saídas-de-campo, mas também em Encontros Nacionais/Regionais/Estaduais... As cidades que conheço by myself também deverão ganhar um textinho aqui...

I hope you enjoy it!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Entrevista com Artur Artilheiro

Estacionamento da Universidade Federal do Espírito Santo, onde estávamos acampados. Vitória, Espírito Santo.
Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia. Fevereiro de 2011.
Causo ocorrido às 5h da madrugada, aproximadamente.

O Lokomotive Kingston, time da UFRGS, havia enfrentado o time da casa, UFES, e os derrotado por 2x1; Dois gols de Artur, apelidado de Paulo Nunes na ocasião.

Devidamente situado, convido o querido leitor a assistir essa entrevista, promovida à causo. O entrevistado: eu. O entrevistador, ou melhor, a entrevistadora: Tulio Watanabe, como Marília Gabriela.

Clique na imagem e será direcionado ao Youtube para assistir ao vídeo.

Dedicado ao querido Tulio, que tanto divertiu o pessoal no Encontro.