terça-feira, 29 de março de 2011

Causo da Meia Divina

Instituto de Educação, 27/09/08, Gincana.

O evento ocorreu no pátio da escola, sob fortes ventos de Primavera. Grupos de alunos dançavam em um palco, realizando atividade proposta pela organização gincana.

Pois bem, o causo ocorreu quando um grupo de garotos ousados dançava ao som de Bros. O sexy vocalista dubla enquanto tira peças de roupa e as atira para o público.

Já havia tirado a jaqueta, a camiseta, o par de tênis e uma meia. Faltava a outra. É chegado o momento divino!

O jovem cantor tira a outra meia e arremessa para o público. Até aí normal, não fosse o 'vento' que encanou (espíritos, anjos?) e levou a peça até o lugar onde se encontrava a Equipe dos Ex-Alunos! Ronaldinho William a recebe carinhosamente, como se pode ver na foto.

Segundos em que a Terra interrompeu seu movimento rotacional e todos os espectadores observaram cada centímetro percorrido pela meia. Um silêncio absoluto. Não ouvi-se vozes; observou-se estranhas luzes vindas do céu e em seguida um sonoro "óóhhh" que ecoou pelo pátio.

Foram 15... 20 metros percorridos em eternos segundos, SEGUNDOS DIVINOS!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Romance Ilustrado - Artureka no IE

A possibilidade de voltar para a escola onde 'estudei' durante 15 anos me faz lembrar de tantos causos e coisas...

Meu relacionamento amoroso com uma das escolas mais tradicionais do estado, Instituto de Educação General Flores da Cunha, começa aos 2 aninhos de idade. No tempo em que o imponente prédio não continha pichações...

Desde piazito vesti a camiseta do IE, tanto no sentido figurado como no literal, como podes ver, querido leitor, na fotinho...
No sentido figurado por ter defendido bravamente por 5 anos a seleção de futsal (que hoje inexiste), administrado por 2 anos o CAIE - Centro Acadêmico do Instituto de Educação...

Fortemente influenciado pelo meio, iniciei outras paixões que se estendem aos dias de hoje como pelo Parque da Redenção, onde muito joguei futebol (enquanto matava aula) e hoje me detenho a tomar chimarrão com velhas amizades; velhas amizades, na maioria das vezes, do Instituto.

Talvez eu volte para a escola nesse semestre; provavelmente sem aquela alegria de um tempo em que aprontávamos todas, mas com um orgulho que pretendo passar para meus alunos de ter estudado no IE. Novos capítulos dessa história? O romance ainda não tem fim...

Saudade!

Dedicado ao @thiaguinhopires, outro IEzano nato!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Percebendo o Desenvolvimento

A partir de comentários acerca do post anterior, que falava do desenvolvimento do bairro e da influência sobre o microclima local, tenho notado diferentes formas de perceber essa alteração microclimática.
Mas um comentário me chamou mais a atenção.

Minha mãe, assim que leu o texto, disse que percebeu o aquecimento do bairro pelo número de ventiladores em casa; no começo havia 1, na sala. Era suficiente visto que as noites eram fresquinhas. A família dormia com uma coberta fina nos verões...
Passados 10 anos, além da sala, todos os quartos têm ventiladores de teto e pesquisamos os preços dos Split's; dormimos só com um lençol.

Não deixa de ser uma forma de perceber uma alteração climatológica, certo? E tu, caro leitor, como percebes o aquecimento global, por exemplo?

Veja como o personagem da charge percebeu a alteração no clima.

sábado, 12 de março de 2011

(Re)pensando o Desenvolvimento

Ao completar 11 anos morando no bairro, eu, minha família e vários vizinhos temos notado que a sensação térmica está maior que aquela que sentíamos no começo nos anos 2000.
Era notável que nosso bairro era mais frio que o resto da cidade, que o centro de Porto Alegre, principalmente.

A faculdade me deu uma bagagem teórica para pensar nesse fenômeno, tendência mundial; Por que nossa temperatura está se equiparando à temperatura fora do bairro? Estamos perdendo nosso microclima? Analisemos.


Ruas foram asfaltadas - o asfalto esquenta muito mais que a chamada "rua de chão batido" e ainda impermeabiliza o solo, aumentando o escoamento superficial e dificultando a absorção da água da chuva.
11 novas torres foram construídas - prédios que atrapalham a circulação atmosférica. O vento era uma característica do bairro, que acabava com as chapinhas das gurias.
Quilômetros quadrados de vegetação foram removidos e substituídos por concreto - Preciso dizer que o concreto esquenta muito mais que árvores?
Muito mais carros passaram a circular emitindo gases estufa.

E o silêncio de antes? Já era. Se escuta motos, ônibus e caminhões rumo à origem dos martelaços, furadeiras e outros sons oriundos dos canteiros de obra. Não se sente mais o cheirinho de mato e o ar fresco. Muitos animais foram mortos quando desmataram todas essas áreas; lagartos, cobras, etc.

O bairro se desenvolveu? Progrediu? Repensemos os conceitos de desenvolvimento, progresso... Pensemos se ocupamos o espaço de forma correta.

Obs.: Enquanto escrevo, milhares de japoneses que ocuparam o espaço de forma a diminuir as consequências dos terremotos, morrem.

Dedicado ao vizinho e parceiro @digo_galvani

quinta-feira, 10 de março de 2011

Jurley, Jurley... pulou e não sabia nadar...

O causo seguinte se passa no Espírito Santo, 70 quilômetros distante da capital Vitória, na Cachoeira Véu de Noiva.


O protagonista do causo é Jurley, jovem amigo suicida da Geografia; um garoto alegre, de muitos amigos mas com dois problemas: não sabe calcular a profundidade da água á distância e nem nadar.



Embora a placa alertasse,
sua coragem admirável fez com que pulasse de uma altura de 5 metros, aproximadamente. Um salto para a morte.


Mano Jurla cai na água perfeitamente!
Após uns segundos é possível vê-lo logo abaixo da superfície, debatendo-se como uma cobra mal matada. Todos pensam se tratar de uma brincadeira.

Momentos de tensão. A brincadeira estava demorando. Aos gritos, todos pedem para alguém pule na água para resgatá-lo. Eis que surge Túlio, o herói do causo, bravo garoto, esbanjando virilidade, e salva nosso amigo.

Túlio veio do céu, muito provavelmente. Trazido por Jesus, que abençoava o local e se divertia caminhando sobre as águas, como o caro leitor pode conferir na foto abaixo.


O Causo ainda gerou uma música, inspirada na Anunciação, de Alceu Valença.
"Jurleeeeey Jurleeeeeey... pulou e não sabia nadar... glubi glubi glubi glubi glubi glubiiiii
pulou e não sabia nadaaaar..."


Dedicado ao Renan Darski, querido leitor que me cobrou um causo do ENEG postado aqui.