quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Causo do Coração


Certa feita, numa tarde ensolarada de sábado dia 21/Agosto, estava eu dando espetáculo (jogando futsal) quando, transcorridos menos de dez minutos de jogo, pedi ao colega que entrasse em meu lugar. O time se espanta visto que é de conhecimento de todos o quão bem preparado fisicamente eu sou.

O motivo pela minha saída era o coração. Sim querido leitor; meu coração pulsava diferente naquela tarde. Via-se pela superfície da camiseta sua força ao pulsar (taquicardia), suas batidas sem rítmo (arritmia), e súbitas pausas (fibrilação) que me desconfortavam e poluíam minha mente com imagens de toda minha trajetória neste mundo.

Três horas de repouso em casa se passam sem que nada mudasse... com a chegada de minha irmã fiz o primeiro exame; minha pressão estava ok, but, meus batimentos cardíacos visivelmente alterados. Em seguida, minha mãe é alertada e, às 20h, nos dirigimos ao Instituto de Cardiologia.

Fiquei sob observação por longas horas de madrugada esperando que o medicamento surtisse efeito; caso contrário, choque desfibrilador!

Uma bateria de exames é feita e seus resultados levados ao doutor. Este dá uma notícia boa e, como todo o médico de piada, uma ruim.
- Primeiro a boa doutor!
O ocorrido foi só um susto, uma coisa eventual, diz ele com termos técnicos. "Estás liberado a praticar esportes!" (eleita melhor frase do ano de 2010 [por mim])

- Bah e a ruim?
Como um mecânico que sempre acha mais um problema, o médico diz que eu tenho a Válvula Aórtica Bicúspide e não Tricúspide como 99% das pessoas, e que isso não tem relação com o evento. E eu, mais por fora que surdo em bingo, tratei de esclarecer minhas dúvidas...

Sintetizadamente, é isso... abraço a todos que passaram esses 2 meses fazendo piadinha, me chamando de cardíaco e me convidando para jogar futebol (e pra quem torceu por mim =D)

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