Ao completar 11 anos morando no bairro, eu, minha família e vários vizinhos temos notado que a sensação térmica está maior que aquela que sentíamos no começo nos anos 2000.
Era notável que nosso bairro era mais frio que o resto da cidade, que o centro de Porto Alegre, principalmente.
A faculdade me deu uma bagagem teórica para pensar nesse fenômeno, tendência mundial; Por que nossa temperatura está se equiparando à temperatura fora do bairro? Estamos perdendo nosso microclima? Analisemos.
Ruas foram asfaltadas - o asfalto esquenta muito mais que a chamada "rua de chão batido" e ainda impermeabiliza o solo, aumentando o escoamento superficial e dificultando a absorção da água da chuva.
11 novas torres foram construídas - prédios que atrapalham a circulação atmosférica. O vento era uma característica do bairro, que acabava com as chapinhas das gurias.
Quilômetros quadrados de vegetação foram removidos e substituídos por concreto - Preciso dizer que o concreto esquenta muito mais que árvores?
Muito mais carros passaram a circular emitindo gases estufa.
E o silêncio de antes? Já era. Se escuta motos, ônibus e caminhões rumo à origem dos martelaços, furadeiras e outros sons oriundos dos canteiros de obra. Não se sente mais o cheirinho de mato e o ar fresco. Muitos animais foram mortos quando desmataram todas essas áreas; lagartos, cobras, etc.
O bairro se desenvolveu? Progrediu? Repensemos os conceitos de desenvolvimento, progresso... Pensemos se ocupamos o espaço de forma correta.
Obs.: Enquanto escrevo, milhares de japoneses que ocuparam o espaço de forma a diminuir as consequências dos terremotos, morrem.
Dedicado ao vizinho e parceiro @digo_galvani
Era notável que nosso bairro era mais frio que o resto da cidade, que o centro de Porto Alegre, principalmente.
A faculdade me deu uma bagagem teórica para pensar nesse fenômeno, tendência mundial; Por que nossa temperatura está se equiparando à temperatura fora do bairro? Estamos perdendo nosso microclima? Analisemos.
Ruas foram asfaltadas - o asfalto esquenta muito mais que a chamada "rua de chão batido" e ainda impermeabiliza o solo, aumentando o escoamento superficial e dificultando a absorção da água da chuva.
11 novas torres foram construídas - prédios que atrapalham a circulação atmosférica. O vento era uma característica do bairro, que acabava com as chapinhas das gurias.
Quilômetros quadrados de vegetação foram removidos e substituídos por concreto - Preciso dizer que o concreto esquenta muito mais que árvores?
Muito mais carros passaram a circular emitindo gases estufa.
E o silêncio de antes? Já era. Se escuta motos, ônibus e caminhões rumo à origem dos martelaços, furadeiras e outros sons oriundos dos canteiros de obra. Não se sente mais o cheirinho de mato e o ar fresco. Muitos animais foram mortos quando desmataram todas essas áreas; lagartos, cobras, etc.
O bairro se desenvolveu? Progrediu? Repensemos os conceitos de desenvolvimento, progresso... Pensemos se ocupamos o espaço de forma correta.
Obs.: Enquanto escrevo, milhares de japoneses que ocuparam o espaço de forma a diminuir as consequências dos terremotos, morrem.
Dedicado ao vizinho e parceiro @digo_galvani
5 comentários:
Bem de mais meu irmão... sabe muito, e tem razão... tudo mudou, eu moro aqui no bairro a 17 anos! e muita coisa mudou mesmo! se isso for desenvolvimento futuramente nos vamo ta fudido! valeu pela dedicatória tamo junto!! e vamo divulga!!!
Bah, tbm notei isso!
O comentário clássico aqui de casa era "se aqui está quente, o resto da cidade deve estar pegando fogo"
Triste...o homem é o maior inimigo do planeta, né...
Pois é também ja notei isso, moro no bairro e tá cada vez pior!
Tens toda Razão... Cada ano que passa vemos mais e mais a natureza reagindo aos nossos maus tratos!!
Ah e o Digão merece a dedicatória!! hahaha se bem qe sou suspeito pra falar.... sou da família!!
Abraço e adorei as postagens!!
Primo do Digo...
e quantos de vocês já mudaram os hábitos a fim de reverter essa realidade?
pelo que eu vejo, a maioria das pessoas só fala que as coisas tão ficando ruins, mas continuam consumindo com a natureza desenfreadamente. ^^
"é a eterna contradição humana", como disse Machado de Assis em A Igreja do Diabo.
Giovane
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